quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

#Quotidiano Anotado - Da falta de respeito destes putos

As minhas viagens de autocarro são recheadas de acontecimentos extraordinários.
Desde motoristas com toques de gatos a miar em desespero a faltas de respeito no que toca a entrar ordeiramente no autocarro.
Todos, MAS TODOS NÓS SABEMOS, que se estamos ali em filinha não é porque queremos, especialmente num dia S. Sebastiónico como o de hoje, mas se estamos ali é porque também PRECISAMOS com a mesma garra que vocês acham que precisam de utilizar aquele serviço que nos é prestado de forma gratuita.
Sempre me disseram que aquilo que não se paga não nos faz sentir responsabilizados e a verdade é que assim é, assim tem sido e sempre assim será.
Ora pois que eu que já andava meia com os azeites em relação à dificuldades destes engenheiros wanna-be utilizarem uma coisa tão básica como a noção de númeração ordinal, pelo que hoje, do alto dos meus 1,59 e meio, de gorro da kitty na tola, e ao ver um furão a penetrar na fila como se de um concerto se tratasse, me viro para ele com a voz mais cavernosa possível e digo: "TEM LÁ CALMA. Se não há ordem que haja respeito", e toda autoritarona continuo o meu percurso para o lugar que me esperava, sentindo a energia de cão repreendido (orelhas e rabo entre as pernas) a deslocar-se para o fim da fila de onde veio.
Respeito meus queridos. É disso que o mundo precisa.
Infelizmente cá me parece que não é nas faculdades de engenharia que vão aprender esse conceito... com muita pena minha.

#Daniela_Alfacinha

4 comentários:

  1. Ó filha nem nas de engenharia nem nas outras.. Sempre me disseram que o respeito vem de casa!

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    1. Ouve lá NTW, mas tu só comentas, não 'postas'?

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    2. Não te estou a perceber Mam'Zelle! Veja lá bem se eu nao "posto" :p

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  2. 1,59? És piquinita, pá! ;p
    Já não ando de autocarro há séculos. Mas acreditas que, de vez em quando, até tenho saudades? Saudades de observar comportamentos, de cheirar sovacos (sim, também sou baixita e era tira e queda, ali mesmo à beira do meu nariz), de sentir o rebuliço das ditas filas, de apanhar uma conversa ou outra entre duas pessoas que me são completamente estranhas e continuarão a sê-lo quando descer naquela paragem que é a minha...
    Esquece, é muito bom não ter de andar de autocarro anymore ;p

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